DE ONDE V�M AS M�ES .
No 7�. dia, depois de ter criado o c�u, a terra, os animais, flores, frutos e tamb�m o homem - uma parafern�lia enorme que chamar�amos mais tarde de mundo -
Deus sentiu-se apto a descansar.
E j� estava quase conseguindo quando se lembrou de que ainda faltava alguma coisa na sua obra.Sentou-se ent�o numa pedra e come�ou a olhar pr� tudo com muita aten��o e a pensar em voz alta: "Meu Deus (ah..sou eu mesmo), criei todo este complexo mas sei que isto vai me dar ainda muito trabalho.
Daqui h� pouco estas criaturas v�o querer mais e mais e, para atende-las, n�o poderei me dedicar inteiramente �s obras filantr�picas de que tanto gosto, �s quest�es de economia internacional, �s estrat�gias de paz para melhor governar meu reino.
Este homem vai querer acasalar, ter filhos, vai povoar este mundo, v�o come�ar a surgir problemas de alimenta��o, guerras de poder, vai surgir a fome e a gan�ncia.
V�o aparecer as doen�as, junto com o progresso e, se � verdade que criei esta criatura para ser a minha imagem e semelhan�a, algo saiu errado porque, por mais forte que ele possa ser, n�o me parece ter estrutura para me ajudar muito. � verdade que ele tem o biotipo adequado, mas � estressado, metido a mach�o, haja visto a maneira como discute com a serpente tentando convence-la de que vai comercializar as ma��s e ficar com o lucro, n�o aceita muitos conselhos e quer saber mais do que eu pr�prio.Terei que preparar algu�m que possa encarar este fardo diplomaticamente e me livrar dele com efici�ncia, at� para que eu possa consertar as poss�veis falhas que este sistema vai apresentar mais cedo ou mais tarde."
Assim pensou, assim o fez.
Num piscar de olhos, ou de estrelas, quem sabe, colocou o homem deitado sobre a relva e, retirando-lhe alguns peda�os para uma esp�cie de clonagem, foi aperfei�oando as falhas que detectara, melhorando aqui, colocando mais ingredientes ali e, assim, conseguindo construir o ser mais sensacional
de sua cria��o.
Colocou-lhe asas nos p�s, para que ele pudesse andar mais r�pido, tra��o nos bra�os e pernas, para ag�entar o peso de uma manada de b�falos e sustentar a quem estivesse caindo num abismo, seu c�rebro se ligaria com uma centelha, para melhor entender os problemas dos outros e, ao mesmo tempo, seu cora��o seria enorme,
para abrigar todos os desprotegidos.
N�o bastando isto, seus olhos deveriam verter �gua para estravasar as m�goas, demonstrar tristeza e se condoer dos necessitados e deveria, ainda, ter a capacidade de gerar seus pequenos clones no pr�prio ventre, alimentar tribos inteiras, com seu suor e seu leite, ter a estrutura para ficar acordado por noites a fio, cuidando de uns, consolando outros e deveria ainda, ser h�bil o suficiente para usar as palavras certas e persuadir os mais inexperientes a trilharem os bons caminhos...
Em suma, deveria ser uma pessoa talhada em a�o, mas com uma alma terna e delicada.Mas Deus, o Ser Supremo, conseguiu acabar a sua obra prima num tempo aqu�m do esperado. S� faltava, agora, dar o nome ao "ser" maravilhoso que acabara de criar e que j� estava a postos para entrar em a��o,
t�o logo fosse necess�rio.Ent�o Ele chamou o homem, as estrelas, os animais, rios e �rvores. Convocou o sol, a lua e tudo o que povoava o mundo e lhes apresentou o ser �nico, o mais perfeito e acabado do Seu reino, dizendo:
"pessoal, apresento pr� voc�s a minha obra prima. Daqui por diante voc�s poder�o contar sempre com ela e cham�-la, quando precisarem. Seu apelido �MAM�E!"
P�gina formatada e texto concebido por
Maria Eug�nia - Doce Deleite.
Por favor, n�o remova a autoria e
nem transforme o texto ou imagens
sem consulta-la.
Voc� pode enviar esta p�gina a seus amigos por ICQ
ou